Houve poucos avanços na operação lançada por Kiev no início de junho para reconquistar os territórios ocupados por Moscou no sul e no leste.
"Sem dúvida nenhuma, esta operação será muito difícil, longa e levará muito tempo", declarou o assessor da presidência ucraniana, Mykhailo Podolyak, à AFP.
De acordo com Podolyak, o principal problema das forças ucranianas é "a profundidade dos campos minados", construídos por meses pelo exército russo e com medidas de "quatro a dezesseis quilômetros".
As tropas ucranianas também sofrem de "problemas de abastecimento de armas", admitiu o assessor, apesar dos esforços feitos pelos aliados de Kiev.
"Os complexos militares e industriais (ocidentais) não estavam preparados para este tipo de guerra", opinou.
O assessor do presidente ucraniano - Volodimir Zelensky - também disse que a Ucrânia precisa de "200 a 300 veículos blindados a mais, principalmente tanques", "60 a 80 jatos F-16" e "5 a 10 sistemas de defesa aérea adicionais", sejam eles Patriots americanos ou seu equivalente francês,
"Precisamos de projéteis", destacou Podolyak, ao detalhar que as forças ucranianas usam entre "4.500 e 6.000 projéteis de alto calibre por dia".
"Temos que ser capazes de usar 150 a 200 mísseis de longo alcance por mês", até mesmo "300 ou 400", insistiu.
Ele descartou qualquer negociação com a Rússia, cujo objetivo, segundo o assessor, é "destruir" a Ucrânia e recuperar o "controle total" dos países da antiga URSS.
"Para nós, não existe compromisso possível porque a Rússia nos odeia, veio para destruir o próprio conceito de um Estado ucraniano", declarou Podolyak.