As declarações de Herzog ocorreram em meio a discussões na Câmara de Representantes dos EUA sobre as políticas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que destacaram as fissuras no apoio do Partido Democrata ao aliado do Oriente Médio.
"Não sou estranho a críticas entre amigos, incluindo algumas de membros respeitados desta Câmara. Respeito as críticas, especialmente de amigos, embora nem sempre precise aceitá-las", disse ele em uma reunião conjunta da Câmara de Representantes e do Senado dos EUA, sob aplausos estridentes.
"Mas as críticas a Israel não devem cruzar a linha da negação ao direito do Estado de Israel de existir. Questionar o direito do povo judeu à autodeterminação não é diplomacia legítima, é antissemitismo", afirmou.
Herzog desempenha um papel amplamente cerimonial e é muito menos controverso do que Netanyahu, mas o partido do presidente dos EUA, Joe Biden, enfrentou disputas internas sobre sua visita.
Alguns congressistas democratas, há muito tempo críticos do governo israelense de tendência conservadora, boicotaram o discurso de Herzog. Eles acusam o governo israelense de privar os palestinos de seus direitos.
Herzog, que falou sobre sua vida em Nova York na década de 1970, elogiou a relação de seu país com "nosso maior parceiro e amigo" e expressou gratidão pelo "compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel".
"Os primeiros 75 anos de Israel foram baseados em um sonho antigo. Vamos basear nossos próximos 75 anos na esperança", disse ele.
Biden, que recebeu Herzog no Salão Oval da Casa Branca na terça-feira, pediu ao governo israelense nesta quarta que não "se precipite" com as mudanças no sistema judicial do país, que provocaram grandes manifestações.
"Encontrar consenso em áreas políticas controversas significa tomar o tempo necessário", disse Biden em uma coluna publicada no jornal The New York Times.
WASHINGTON