Os suspeitos foram identificados a partir de um vídeo do incidente, ocorrido no início de maio, que viralizou nas redes sociais na quarta-feira e gerou indignação em todo o país.
"Quatro acusados foram detidos no caso do vídeo viral", escreveu a polícia do estado de Manipur no Twitter, na noite de quinta-feira.
As imagens mostram duas mulheres da etnia cristã kuki andando nuas por uma rua, ridicularizadas e assediadas por uma multidão, presumivelmente do grupo étnico dominante meitei, majoritariamente hindu.
Após a prisão dos suspeitos, um grupo de ativistas meitei jogou feno na casa de um dos acusados em Imfal, capital do estado, e ateou fogo. Outro grupo de mulheres fez o mesmo nesta sexta-feira, incendiando a casa de um segundo suspeito.
A Índia é, no geral, um país conservador e patriarcal, mas na comunidade meitei as mulheres têm um papel maior do que em outros lugares e um histórico de luta por seus direitos.
O estado de Manipur foi palco de confrontos étnicos nos últimos meses, provocados principalmente pela possibilidade de os meitei obterem status preferencial sobre os kuki.
O surto de violência entre os dois grupos étnicos, o pior em décadas, deixou pelo menos 120 mortos e milhares de deslocados.
NOVA DÉLHI