"Quero dizer, com muita responsabilidade, em nome do Estado, perdão", disse um emocionado Boric na Casa de América Latina em Paris, após a exibição de um documentário sobre os chilenos que se refugiaram na embaixada francesa no Chile.
"Mesmo não sendo nós, o Estado os privou materialmente, formalmente, da Pátria e isso é inaceitável", acrescentou o presidente de 37 anos, que prometeu continuar buscando "a verdade e a justiça".
Em 11 de setembro de 1973, Pinochet deu um golpe militar no Chile contra o presidente socialista Salvador Allende, que se suicidou, e impôs uma ditadura militar até 1990 marcada por uma repressão violenta.
A ditadura levou mais de meio milhão de pessoas para o exílio. Pelo menos 15.000 chegaram à França entre 1973 e 1978, segundo o historiador Nicolas Prognon. Muitos deles estavam presentes nesta sexta-feira no evento em Paris, observou a AFP.
O presidente de esquerda, recebido com aplausos, disse a eles: "Sua luta não foi em vão, há uma continuidade histórica".
PARIS