O procurador-geral compartilhou em sua conta no Twitter um vídeo divulgado por um cidadão chamado Víctor Noguera, no qual ele afirma que "odeia" os membros do gabinete do presidente esquerdista Nicolás Maduro. "Aquele que é chavista merece levar um tiro na cabeça", afirmou o detido, referindo-se ao movimento socialista que governa a Venezuela desde 1999.
O detido, que tem antecedentes por roubo, porte ilegal de armas e venda de drogas, será acusado "por crimes de promoção ou incitação ao ódio", conforme indicou Saab.
"Este sujeito covardemente difundia através de suas redes sociais mensagens de assassinato, promovendo fora da lei a hostilidade e a violência no país: incitando ao assassinato seletivo a tiros de personalidades do Estado venezuelano", acrescentou o procurador-geral.
No passado, a justiça venezuelana deteve cidadãos que criticaram ou brincaram com a morte do presidente Maduro.
Em 2017, ao tomar as atribuições do Parlamento quando este era controlado pela oposição, a Assembleia Nacional Constituinte - órgão legislativo unicameral - aprovou a "Lei contra o Ódio", que estabelece punições de até 20 anos de prisão por incitação ao ódio.