"Até agora, informa-se ao redor de 90 Agentes de Segurança Penitenciária detidos nos Centros de Privação de Liberdade Cotopaxi Nº1, Azuay Nº1, Cañar Nº2, El Oro Nº1 e Napo N°1", informou o SNAI à imprensa em seu canal de transmissão no Whatsapp. Os guardas se encontram em "bom estado", acrescentou.
Além disso, a pasta apontou que presos de 13 cadeias do país entraram em greve de fome em centros das províncias andinas de Imbabura, Chimborazo, Tungurahua, Azuay, Cañar, Loja e Cotopaxi, assim como das litorâneas de El Oro e Guayas e da amazônica Napo.
Até domingo, os detentos mantinham a greve em dez dos 36 centros penintenciários do país, incluindo a penitenciária de Guayaquil, também chamada Guayas 1.
As autoridades "dialogam com os porta-vozes dos centros de detenção para conhecer as razões da greve", escreveu o SNAI.
A greve de fome começou após os presos tomarem conhecimento de uma nova e trágica rebelião na penitenciária Guayaquil.
No domingo, seis presos foram assassinados nessa prisão e onze ficaram feridos em confrontos entre facções rivais que disputam o controle das cadeias e territórios para a venda de drogas.
Desde fevereiro de 2021, houve uma dezena de fortes incidentes carcerários que tiraram a vida de mais de 420 detentos. Esses confrontos de presidiários no Equador deixaram um rastro de corpos carbonizados, desmembrados e decapitados.
Um recente censo identificou que nas 36 prisões locais - com capacidade para aproximadamente 30 mil pessoas - há uma população de 31.321 presos, incluindo 3.245 estrangeiros. A maioria foi preso por narcotráfico.
Um comitê de pacificação criado pelo governo do presidente Guillermo Lasso classificou, no ano passado, as prisões equatorianas como "armazéns de seres humanos e centros de tortura".
Em 2021, foi registrado o recorde anual de apreensão de entorpecentes, aproximadamente 210 toneladas.
O Equador, localizado entre a Colômbia e o Peru - os principais produtores mundiais de cocaína -, já apreendeu 455 toneladas de drogas desde que Lasso assumiu, em maio de 2021.
QUITO