"Há mais de três anos, anunciamos o Worldcoin com a ambição de criar uma nova identidade e uma rede financeira que pertença a todos. Isto começa hoje", anunciaram os cofundadores da Worldcoin Foundation, Altman e Alex Blania, no site da empresa.
A nova moeda surge no momento em que a reputação da indústria de criptomoedas sofre com o colapso da FTX e a quebra de outras grandes plataformas. O Worldcoin se apoia na "World ID", espécie de passaporte digital que permite ao dono provar sua identidade eletronicamente sem compartilhar dados pessoais, segundo os empresários.
Para obter este ativo, o usuário deve se submeter ao escaneamento de sua íris por meio do dispositivo biométrico "orb", desenvolvido pela Worldcoin. O objetivo é reduzir o risco de fraudes em um setor onde o uso de pseudônimos é comum.
O usuário é convidado a baixar a WorldApp, carteira digital que permite desde hoje receber o "Worldcoin token", criptomoeda utilizável, agora, por milhões de inscritos que participaram da versão beta da plataforma. "Se tivermos sucesso, acreditamos que o Worldcoin poderá aumentar drasticamente as oportunidades econômicas e criar uma solução confiável para distinguir seres humanos de inteligência artificial (IA) preservando, ao mesmo tempo, a confidencialidade dos dados", indicaram Altman e Blania em carta publicada no Twitter, agora X.
A empresa busca abrir caminho para uma renda mínima universal baseada na IA, segundo o texto. Essa renda faz parte das soluções consideradas por vários nomes do Vale do Silício diante do risco de muitos empregos serem substituídos por programas de IA.
A Worldcoin investiu por três anos no desenvolvimento do projeto, e 2 milhões de pessoas se inscreveram para ter uma "World ID" na fase de testes.
A empresa informou em seu site que irá disponibilizar 1.500 orbs em todo o mundo, para permitir a inscrição de milhões de novos usuários. O Worldcoin não está disponível nos Estados Unidos nesta fase, enquanto autoridades tentam aperfeiçoar a regulação do setor.
BuzzFeed
SAN FRANCISCO