Jornal Estado de Minas

ISTAMBUL

Presidente palestino e chefe do Hamas se reúnem na Turquia a convite de Erdogan

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e o chefe da organização islâmica Hamas, Ismail Haniyeh, se reuniram nesta quarta-feira (26) nos escritórios do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Ancara, informou a agência de notícias oficial turca.



"O presidente Erdogan se encontrou com o presidente palestino Abbas e o chefe do gabinete político do Hamas, Haniyeh, no palácio presidencial", disse a agência Anadolu.

Durante a reunião, que, segundo o meio de comunicação, aconteceu a portas fechadas, o dirigente turco assegurou que a falta de unidade entre os palestinos beneciava aqueles que "querem minar a paz", indicou o gabinete de Erdogan.

Fontes próximas ao Fatah e ao Hamas apontaram que a reunião se centrou na unidade palestina e em como encerrar as divisões.

A reunião "é muito importante, especialmente no contexto da contínua agressão israelense em Jerusalém e Cisjordânia (...), acrescentaram.

A reunião egípcia se centrará em "como enfrentar a agressão contra o povo palestino, especialmente por parte do governo israelense, e reforçar a unidade palestina", indicou o funcionário sob condição de anonimato.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também deve visitar a Turquia esta semana, mas sua viagem foi adiada devido a uma cirurgia no último fim de semana e aos protestos em seu país contra a reforma judicial.



Depois de anos de tensões, as relações entre a Turquia e Israel melhoraram no ano passado, com várias visitas de alto nível, incluindo a do presidente israelense Isaac Herzog.

Erdogan já havia se reunido com Abbas na terça-feira e, após o encontro, prometeu continuar apoiando a causa palestina e expressou sua preocupação com o aumento da violência na Cisjordânia nos últimos meses. O território é ocupado por Israel desde 1967.

Soldados israelenses mataram um palestino na Cisjordânia ocupada nesta quarta-feira, disse o Ministério da Saúde palestino, e o exército israelense confirmou que realizou "atividades antiterroristas" no acampamento de refugiados de Nablus.