Jornal Estado de Minas

TEL AVIV

Milhares de israelenses se manifestam contra reforma judicial

Milhares de israelenses se manifestaram neste sábado contra a decisão do governo de implementar uma reforma judicial polêmica, que gerou uma onda de protestos sem precedentes no país desde que foi apresentada, no começo do ano.



O Parlamento de Israel aprovou nesta semana uma cláusula-chave da reforma, promovida pelo governo de direita do premier Benjamin Netanyahu. Esta cláusula irá limitar a capacidade dos juízes de anular as decisões do governo que não considerarem "razoáveis".

"Ainda amamos este país e tentamos resolver todos os problemas", disse o manifestante Itay Amram, em Tel Aviv. Em meio a bandeiras do país, ele explicou que estava nas ruas contra o que considera "uma revolução constitucional" do governo.

Os protestos acontecem em todo o país, desde Haifa, no norte, até Eilat, às margens do Mar Vermelho. "Nós nos recusamos a servir a uma ditadura", dizia uma das faixas no protesto em Tel Aviv.

"Tenho muito medo do que está acontecendo em Israel e estou muito preocupada com o futuro da minha filha", confessou a universitária Lotem Pinchover, 40.

Os protestos ganharam o apoio de todos os estratos políticos e sociais, tanto de esquerda quanto de direita, de grupos seculares e religiosos, ativistas pela paz e reservistas militares, bem como de operários e trabalhadores do setor de tecnologia, cruciais para a economia do país.