Salwan Momika e Salwan Najem pisotearam uma cópia do livro sagrado muçulmano antes de atear fogo ao exemplar, como já haviam feito no final de junho.
O protesto foi autorizado pela polícia sueca nesta segunda-feira, mas a força de segurança afirmou que as licenças concedidas se referem apenas à organização das manifestações, e não ao que acontece nelas.
Os manifestantes disseram à imprensa que querem que o livro sagrado muçulmano seja proibido na Suécia. E, no pedido de autorização para o protesto, os organizadores declararam a intenção de queimar um exemplar do Alcorão.
O ato acontece em um momento de deterioração das relações da Suécia com vários países do Oriente Médio, após vários episódios em que o Alcorão foi profanado.
Arábia Saudita e Iraque convocaram uma reunião extraordinária, marcada para esta segunda-feira, da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) para tratar do desrespeito ao Alcorão na Suécia e na Dinamarca.
No final de junho, Momoka, 37 anos, um refugiado iraquiano que vive na Suécia, ateou fogo a algumas páginas do Alcorão em frente à principal mesquita de Estocolmo, no primeiro dia do feriado muçulmano Eid al-Adha. Um mês depois, ele pisou no livro religioso diante da embaixada iraquiana.
Os dois incidentes provocaram indignação e críticas.
Na semana passada, a Suécia ordenou que 15 agências governamentais reforcem as equipes antiterroristas.
No domingo, a vizinha Dinamarca afirmou que exploraria meios legais para conter os protestos envolvendo a queima de textos sagrados, evocando preocupações de segurança.
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, disse que um processo similar já está em andamento no país.
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