Com Marta como titular, a seleção brasileira não conseguiu romper o ferrolho do time jamaicano, que avançou às oitavas de final na segunda colocação do Grupo F.
A líder foi a França, que no outro jogo da chave venceu o Panamá por 6 a 3.
A eliminação do Brasil também marca a despedida de Marta em Copas do Mundo, torneio que disputou pela primeira vez em 2003. Aos 37 anos, a camisa 10 já havia anunciado que este seria seu último Mundial.
"Não era, nem nos meus piores pesadelos, a Copa que eu sonhava", declarou Marta em entrevista depois da partida, visivelmente emocionada.
Para a Jamaica, a classificação é histórica. A equipe chega às oitavas sem sofrer gols, embora tenha marcado apenas um, contra a estreante seleção panamenha.
França e Jamaica conhecerão seus adversários após a definição do Grupo H, em que os favoritos são a potência Alemanha e a surpreendente Colômbia de Linda Caicedo.
O Brasil dominou o duelo com as jamaicanas desde o início, preocupado com a velocidade das 'Reggae Girlz', em especial com a presença ofensiva da artilheira Khadija Shaw.
As subidas pela esquerda da lateral Tamires geraram as melhores chances no primeiro tempo para o time brasileiro, que deu trabalho à goleira Rebecca Spencer em finalizações de Debinha, Ary Borges, e Marta.
Por sua vez, a Jamaica se fechou na defesa e apostou nos contra-ataques, uma estratégia que deu certo no jogo de estreia, em outro empate sem gols com a França.
A entrada de Bia Zaneratto no segundo tempo deu dinâmica ao meio-campo do Brasil, mas a Jamaica não cometia erros atrás e conseguia segurar o resultado.
Nos minutos finais, o domínio do Brasil foi sufocante, mas sem levar perigo ao gol jamaicano. Apesar de permanecer todo o tempo com a bola, as brasileiras não conseguiram transformar a posse em finalizações.
"Acho que jogamos devagar demais para romper a defesa da Jamaica. Elas fizeram um bom trabalho, mas nós não pudemos criar muitas oportunidades", disse a técnica da seleção brasileira, a sueca Pia Sundhage.
"Não conseguimos chegar à linha de fundo, que é o que buscamos quando temos esse tipo de defesa", acrescentou Pia.
A decepcionante eliminação levantou dúvidas sobre seu trabalho na seleção, e a treinadora foi questionado sobre seu futuro na entrevista coletiva pós-jogo.
"Tenho contrato até agosto do ano que vem", depois dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, respondeu a sueca.