O evento foi organizado pelo Instituto do Esporte de Ciudad Juárez e teve a participação de migrantes que moram em dois abrigos da cidade, procedentes de El Salvador, Guatemala, México, Peru, Colômbia, Honduras, Cuba e Venezuela, cuja equipe venceu o torneio.
Na decisão, a equipe da Venezuela venceu o time da Guatemala nos pênaltis e venceu o torneio. A comemoração foi digna de uma Copa América real.
Para completar o time de países que não têm muita tradição no futebol, como Cuba, os organizadores recorreram a migrantes de outras nacionalidades.
Para vários migrantes bloqueados na cidade mexicana, o torneio foi uma diversão enquanto aguardam uma entrevista para tentar solicitar asilo nos Estados Unidos.
"Eu gosto muito de futebol (...) sair da rotina e distrair a mente após tanto confinamento, tanto estresse com a entrevista", afirmou José Alejandro Colina, venezuelano de 26 anos.
"Com fé em Deus, nós vamos conseguir a entrevista em breve para poder atravessar", acrescentou Colina, que tem parentes aguardando nos Estados Unidos.
Seu compatriota Joiner Uribe, 25 anos, também considerou o torneio uma forma de distração enquanto aguardam a possibilidade de seguir para os Estados Unidos.
"Saímos da rotina para praticar esportes, o confinamento provoca cansaço mental", disse.
"Temos o sonho americano, já estamos há um longo mês nesta viagem", afirmou.
O Instituto do Esporte de Ciudad Juárez providenciou campo de futebol, os uniformes, o troféu e o serviço médico para o torneio.
No final de março, um incêndio em um centro de detenção de migrantes de Ciudad Juárez matou 39 pessoas.