Friedkin faleceu em Los Angeles, depois de vários problemas de saúde nos últimos anos, disse Stephen Galloway, ex-diretor executivo do Hollywood Reporter.
"Ele morreu esta manhã", detalhou Galloway após conversar com a esposa de Friedkin, Sherry Lansing, ex-CEO da Paramount Studios.
O diretor "trabalhou até algumas semanas atrás", mas "sua saúde estava em declínio", acrescentou.
Friedkin fez parte do movimento "Nova Hollywood", no qual uma geração de influentes jovens reformulou a indústria do cinema nos Estados Unidos, amplamente moldada e controlada por poderosos estúdios.
Junto com colegas como Francis Ford Coppola e Martin Scorsese, Friedkin abriu caminho no início dos anos 1970 com o drama policial "Operação França" (1971).
Protagonizado por Gene Hackman, a produção levou cinco prêmios Oscar, incluindo as estatuetas de melhor diretor e melhor filme.
Em seguida, em 1973, dirigiu "O Exorcista", um sucesso comercial enorme que provocou profundas controvérsias.
O filme sobre uma criança de 12 anos possuída pelo diabo venceu duas das dez categorias em que foi indicado no Oscar. Teve várias sequências, a mais recente delas "O Exorcista: O Devoto", lançado em 2023.
Esta última sequência conta inclusive com a participação de Ellen Burstyn, que atuou no filme de 1973.
Mas depois de seus sucessos iniciais, a carreira de Friedkin decaiu com fracassos como o caro "O Comboio do Medo" (1977).
Embora nunca tenha voltado às glórias iniciais, seguiu sua carreira como diretor até depois dos 80 anos de idade.
Seu último filme, "The Caine Mutiny Court-Martial" deve estrear este ano no Festival de Veneza.
Friedkin deixa Lansing, sua quarta esposa, e dois filhos.
LOS ANGELES