O organismo foi criado em 1975 com o objetivo de promover a cooperação econômica entre seus membros e, desde então, interveio em conflitos em Serra Leoa e Mali, entre outros.
- 15 membros -
A Cedeao, com sede em Abuja, capital da Nigéria, é formada por 15 países, oito deles francófonos -- Benin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné, Mali, Níger, Senegal e Togo --, cinco de língua inglesa -- Gâmbia, Gana, Libéria, Nigéria e Serra Leoa -- e dois lusófonos: Cabo Verde e Guiné-Bissau.
Quatro deles, com regimes provenientes de golpes de Estado, se encontram atualmente suspensos ou sob sanções: Burkina Faso, Guiné, Mali e Níger, este último após Mohamed Bazoum, o presidente eleito democraticamente, ter sido deposto em 26 de julho.
A Cedeao atua sob forte influência política e econômica da Nigéria, que representa mais da metade da população e PIB do bloco. O presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, exerce atualmente a presidência rotativa do organismo.
- A moeda única, um projeto paralisado -
O tratado de Lagos, do qual surgiu a Cedeao, foi assinado em 28 de maio de 1975 na Nigéria, com o objetivo de superar as várias divisões dos países da região (econômicas, políticas, linguísticas) e impulsionar a cooperação.
Porém, desde então, um de seus principais projetos, a criação de uma moeda única, não avançou e a organização precisou reduzir suas metas econômicas.
- Operações de paz -
A organização adquiriu um papel cada vez mais político e desde 1993, seus estatutos incluem a responsabilidade de prevenir e tentar resolver os conflitos regionais.
Os dirigentes dos países-membros aprovaram em junho de 2004 a criação de uma força de 6.500 efetivos.
Desde novembro de 2005, a Cedeao dispõe de um programa de formação de cinco anos para realizar operações de manutenção da paz.
- Intervenções militares -
A organização teve um papel político relevante durante as guerras civis da Serra Leoa e Libéria, onde restabeleceu a paz em 1997.
Nessa década, mobilizou a Ecomog, contingente também conhecido como capacetes brancos, formado por milhares de soldados.
Também atuou na Guiné-Bissau e Costa do Marfim, além do Mali, em 2013, para apoiar no enfrentamento à ameaça jihadista. Em 2017, operou na Gâmbia, depois que o presidente em final de mandato, Yahya Jammeh, se recusou a deixar o poder, apesar de uma derrota eleitoral.