O jornalista e candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio, de 59 anos, foi assassinado nesta quarta-feira (9), informou o presidente Guillermo Lasso, destacando que "o crime organizado foi longe demais".
Villavicencio, do movimento de centro Construye, foi morto a tiros ao deixar o local onde foi realizado um comício de campanha, no norte de Quito.
Leia Mais
Petro completa um ano de mandato na Colômbia com 61% de desaprovaçãoFBI mata homem que ameaçou BidenMorre Jamie Reid, ilustrador das capas dos álbuns dos Sex PistolsO presidente acrescentou que "pela sua memória e pela sua luta, garanto que este crime não ficará impune" e que "o crime organizado foi longe demais, mas receberá todo o peso da lei".
O Equador tem enfrentado nos últimos anos um aumento do crime relacionado ao tráfico de drogas, o que quase dobrou a taxa de homicídios para 25 por 100.000 habitantes em 2022.
Villavicencio era um dos oito candidatos presidenciais para o primeiro turno das eleições gerais antecipadas que ocorrerão em 20 de agosto.
O jornalista e ex-membro da Assembleia Nacional, que foi dissolvida em maio por Lasso, aparecia em segundo lugar na intenção de voto com 13,2%, atrás da advogada Luisa González (26,6%), a única mulher na disputa e afiliada ao ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), de acordo com a mais recente pesquisa da Cedatos.
LEIA: Três novos vulcões submarinos são descobertos perto da Sicília, na Itália
O jornal El Universo, o principal do país, informou que Villavicencio foi assassinado "no estilo de um assassinato de aluguel, com três tiros na cabeça".
Lasso convocou o gabinete de Segurança para a sede presidencial, bem como os titulares de órgãos estatais, como o Tribunal Nacional de Justiça, para "discutir esse incidente que abalou o país".