Bazoum "recebeu hoje a visita de seu médico", que "também levou comida", acrescentou a mesma fonte.
O presidente "está bem, considerando a situação", acrescentou.
Representantes de organizações internacionais e de países aliados do Níger até o golpe expressaram preocupação com as condições de saúde e de detenção de Bazoum nos últimos dias.
O alto comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, mencionou "informes confiáveis, indicando que as condições de detenção [de Bazoum] são equiparáveis a um tratamento desumano e degradante".
O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, denunciou a "deterioração das condições de detenção" de Bazoum. E o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, também apresentou relatos de que Bazoum e sua família estão "privados de comida, eletricidade e assistência médica há vários dias".
A ONG Human Rights Watch, que conseguiu entrar em contato com Bazoum, disse que ele descreveu suas condições de detenção como "desumanas e cruéis" e que estava privado de eletricidade desde 2 de agosto e de qualquer contato humano por uma semana.
Um familiar do presidente disse à AFP que os militares que tomaram o poder ameaçaram matar Bazoum, em caso de intervenção estrangeira.
Uma cúpula da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) ordenou, na quinta-feira, a mobilização de uma "força de reserva" para restaurar a ordem constitucional no Níger.
NIAMEI