Com ventos máximos de Hillary avançava para a península da Baja Califórnia, noroeste do México, onde deve provocar chuvas fortes e inundações, assim como em parte do sul da Califórnia, nos Estados Unidos, segundo o Centro Nacional de Furacões daquele país (NHC).
A velocidade dos ventos o converte em um furacão de categoria 4 na escala de Saffir-Simpson, a segunda mais forte nesta classificação, de cinco níveis.
O NHC indicou que, às 21h GMT (18h no horário de Brasília) de hoje, Hillary se localizava 525 km ao sul de Cabo San Lucas (Baja Califórnia, nordeste), destino frequentado por turistas internacionais, principalmente americanos. Nos estabelecimentos comerciais do centro turístico dessa cidade, foram colocados sacos de areia ante o aumento das ondas, enquanto móveis e objetos eram guardados.
"Estamos recolhendo tudo, os móveis, da cozinha (...), já vivemos experiências (similares). Sabemos o que pode acontecer conosco. Tem que estar preparado com comidas, enlatados, velas", disse nesta sexta à AFP Marlén Hernández, de 30 anos, empregada de um restaurante.
"Como viemos aqui para relaxar, não estamos muito preocupados. Vamos tentar sair um pouquinho antes para (a cidade vizinha) La Paz, pegar o caminho" antes de que o furacaão impacte a costa, apontou por sua vez Alfredo Iñiez, de 30 anos, que está passeando com sua esposa.
- Impacto no fim de semana -
Hillary avançava para o noroeste e está previsto que o olho do furacão se mova próximo à costa oeste da península da Baja Califórnia no fim de semana e chegue ao sul da Califórnia domingo à noite, detalhou o NHC. "Espera-se que perca força a partir deste sábado, mas o Hillary continuará sendo um furacão quando se aproximar da costa oeste da península da Baja Califórnia, na noite de sábado e no domingo. Espera-se que seja rebaixado a tempestade tropical no domingo à tarde, antes de chegar ao sul da Califórnia."
O plano de contigência inclui o envio de militares, que vigiam os restaurantes da praia do Cabo San Lucas. Autoridades meteorológicas mexicanas prevêem chuvas intensas, com descargas elétricas, em diversos estados, e pedem para que a população aumente os cuidados diante do risco de delizamentos e transbordamentos de rios e canais.
Mais de 800 trabalhadores, 64 plantas de emergência e centenas de veículos e gruas também foram disponibilizados pela estatal Comissão Federal de Eletricidade para atender eventuais cortes de energia na Baja Califórnia e na Baja Califórnia Sul.
O México é atingido anualmente por ciclones tropicais, tanto na costa do Pacífico quanto na do Atlântico, geralmente entre maio e novembro.