Trump preferiu faltar a este debate, que começa às 20h(22h em Brasília) em Wisconsin, devido a sua grande vantagem para as pequisas sobre a intenção de voto dos republicanos. Apesar de quatro acusações penais em menos de seis meses, o milionário esmaga praticamente todos seus adversários na corrida pela indicação.
A cada acusação, ele embolsa milhões de dólares em doações de apoiadores convencidos, como ele, de que é vítima de uma "caça às bruxas".
- Outra programação -
Como gerar expectativa na ausência do favorito?
É o desafio da Fox News, a rede dos conservadores, e dos oito candidatos republicanos convidados, que lutam para se manter em universo político e midiático completamente centrado nos problemas judiciais de Trump.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, o ex-vice-presidente Mike Pence e a ex-embaixadora na ONU Nikki Haley, todos esperam encurtar as distâncias nas pesquisas com Trump. Completam a lista p governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, o senador Tim Scott, o empresário Vivek Ramaswamy e os ex-governadores Chris Christie e Asa Hutchinson.
Este programa, que também será transmitido na plataforma Rumble, corre o risco de ficar relegado a um segundo plano. Coincidindo com o debate em Milwaukee, Trump dará uma entrevista a Tucker Carlson, o ex-apresentador estrela da Fox News, que será publicada na X (antigo Twitter).
Na terça, escreveu em sua rede Truth Social: "Estarei muito ocupado amanhã à noite. Aproveitem!!!".
- Foto judicial -
Ele estará ainda mais ocupado na quinta-feira, quando se apresentará às autoridades da Geórgia para ser fichado como acusado de tentar alterar o resultado das eleições de 2020 neste estado do sul.
Na segunda-feira, seus advogados concordaram em pagar uma fiança de 200.000 dólares (988.000 reais na cotação atual), o que o livrará da prisão preventiva, desde que não infrinja nenhuma lei. Na verdade, Trump será considerado formalmente preso e passível de ser fotografado para sua ficha policial, mas será colocado em liberdade em seguida.
O vencedor das primárias republicanas enfrentará o candidato democrata, muito provavelmente Joe Biden, em 5 de novembro de 2024.
Donald Trump já considera esta possibilidade, compartilhando diariamente pesquisas sobre uma provável disputa com seu sucessor, a quem acusa, sem provas, de encomendar suas ações judiciais.
O presidente americano, candidato à reeleição, evita comentar os problemas legais de Trump para que não o acusem de instrumentalizar a Justiça.
Biden optou por concentrar sua campanha em anúncios eleitorais, por exemplo, com gastos de 25 milhões de dólares (123 milhões de reais) para atrair o voto de latinos e afro-americanos.
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MILWAUKEE