Segundo um porta-voz da empresa, o porto já despertou interesse de Brasil, Colômbia, Equador e Chile.
Localizado cerca de 80 km ao norte de Lima, sua construção começou em 2011 e espera-se que a primeira fase seja concluída até o final de 2024, com a entrada em operação de quatro atracadouros, após um investimento inicial de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,36 bilhões, na cotação atual).
"O Peru é um dos líderes na produção agrícola e não tem a capacidade de chegar à Ásia", disse Mario de las Casas, gerente de assuntos corporativos da Cosco Shipping.
Com este porto, surge a "oportunidade de ter uma rota direta para exportar nossos produtos para um mercado imenso que é a Ásia", acrescentou De las Casas durante uma visita às obras com correspondentes estrangeiros na terça-feira (22).
A empresa planeja investir um total de US$ 3,5 bilhões (R$ 17,1 bilhões) na construção dos 15 atracadouros do porto de 141 hectares.
"Este porto se tornará a porta de entrada da Ásia para a América do Sul", enfatizou De las Casas.
Chancay será capaz de receber navios com mais de 18.000 contêineres, graças à sua profundidade de 16 metros.
Atualmente, os navios com produtos agroindustriais que partem de outros portos peruanos levam 45 dias para chegar ao mercado asiático, mas com a inauguração do megaporto, esse prazo "será reduzido em 10 dias".
O comércio bilateral entre o Peru e a China atingiu mais de US$ 34 bilhões (R$ 166,5 bilhões) em 2022.
Para construir o Terminal Portuário Multipropósito de Chancay, foi necessário demolir uma das colinas que compõem a paisagem de penhascos da costa central do Peru.
O porto será ligado à rodovia Pan-Americana Norte por meio de um túnel de 1,8 km com três faixas de tráfego, de acordo com o projeto em andamento.