"Uma das crises mais graves do nosso tempo é a perda do contato do empresário com o trabalho de sua empresa e, portanto, com seus trabalhadores, que se tornam invisíveis", diz ele, na carta datada de 13 de julho.
"O empresário também é um trabalhador" e "continua sendo empresário enquanto trabalha", mas quando "deixa de trabalhar, se torna um especulador, ou rentista", afirmou o pontífice no documento lido pelo bispo de Nanterre, monsenhor Matthieu Rougé, em Paris, antes de uma reunião do sindicato patronal de Medef.
Para Francisco, "os capitais humanos, éticos e espirituais valem mais do que os capitais econômicos e financeiros", ressaltando que, "sem novos empresários, nossa terra não resistirá ao impacto do capitalismo".
Advertindo que se vive um período "urgente, muito urgente", o sumo pontífice afirmou que "uma forma cada vez mais importante de participar do bem comum é criar emprego, emprego para todos, especialmente para os jovens".