"O inimigo tentou seguir duas estratégias: uma era isolar o Irã do resto do mundo e a outra era desencorajar a nação iraniana. Ele fracassou em ambas as estratégias. Não conseguiu isolar o Irã", pontuou Raisi durante uma coletiva de imprensa em Teerã.
Essas declarações são referentes às sanções tomadas pelos países ocidentais, após a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear, em 2018, e os protestos que abalaram o país em 2022, após a morte de Mahsa Amini, uma jovem que foi detida por violar as severas normas de vestimenta.
Segundo as autoridades iranianas, as manifestações foram orquestradas pelo exterior.
Raisi destacou que seu país ainda busca o levantamento das sanções, principalmente as dos EUA, a partir da reativação das negociações sobre o acordo nuclear.
Entretanto, "não vamos amarrar a economia aos desejos" dos países ocidentais, alertou.
No início de agosto, as tensões entre Teerã e Washington diminuíram devido ao anúncio de um acordo para descongelar US$ 6 bilhões (R$ 29 bilhões na cotação atual) de fundos iranianos retidos na Coreia do Sul.
No entanto, o acordo é frágil e não permite vislumbrar qualquer tratado sobre o programa nuclear iraniano - nas vésperas das eleições presidenciais dos EUA, em 2024.
Raisi, um ultraconservador há dois anos no poder, destacou os recentes sucessos diplomáticos, representados pela reaproximação - liderada pela Arábia Saudita - do Irã com os países árabes e por sua adesão à Organização de Cooperação de Xangai (OCX) e ao Brics.
As alianças com países emergentes "representam uma boa oportunidade para se opor ao unilateralismo dos Estados Unidos", disse o líder iraniano.
Ele acrescenta que seu governo trabalha "para reduzir a influência do dólar" na economia do país.
TEERÃ