Jornal Estado de Minas

RIO DE JANEIRO

Arthur Elias é o novo técnico da seleção brasileira feminina

Arthur Elias, técnico do time feminino do Corinthians, foi anunciado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta sexta-feira (1º) como substituto da sueca Pia Sundhage no comando da seleção brasileira feminina.



"O treinador da seleção brasileira feminina é Arthur Elias", disse Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, em entrevista coletiva na sede da entidade, no Rio de Janeiro.

Elias, de 42 anos, vai dirigir o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e na Copa do Mundo de 2027.

Ele vai assumir suas funções assim que terminar a participação do Corinthians na Copa Libertadores feminina.

"É um sonho que se tornou realidade. Tenho 20 anos como técnico de futebol, 90% deles dedicados ao futebol feminino no Brasil", afirmou o treinador ao ser apresentado.

Elias venceu a concorrência de outras duas treinadoras brasileiras entrevistadas por Rodrigues: Rosana Augusto, do RB Bragantino, e Emily Lima, técnica da seleção feminina do Peru.

Rosana foi anunciada como treinadora da seleção brasileira feminina sub-20.



- Histórico de títulos -

Arthur Elias é um nome vencedor do futebol feminino do Brasil e um dos responsáveis pelo domínino do Corinthians no cenário sul-americano.

Ele comanda a equipe desde 2016, quando o departamento de futebol feminino do clube foi reinaugurado.

No ano de estreia, conquistou a Copa do Brasil, seu primeiro dos 14 títulos que levantou pelo 'Timão', entre eles quatro Brasileiros (2018, 2020, 2021, 2022) e três Libertadores (2017, 2019, 2021).

Seu currículo ainda pode aumentar, pois o Corinthians está perto de se classificar para as finais do Brasileirão 2023, após vencer o Santos por 3 a 0 no jogo de ida da semifinal. Além disso, o time está na Libertadores, que este ano será disputada na Colômbia.

Antes de assumir o 'Timão', Arthur Elias conduziu o Centro Olímpico ao título do Brasileirão 2013, o primeiro da história.

- Substituto de Sundhage -

Elias vai substituir a sueca Pia Sundhage, de 63 anos, que deixou o cargo na última quarta-feira, após o fracasso da seleção na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, a última disputada pela lendária atacante Marta.



"As portas da seleção estão sempre abertas, independentemente da idade (...) Vejo que elas ainda têm muito a oferecer", disse o treinador ao ser perguntado sobre seus planos para Marta, de 37 anos, e Cristiane (38), que não foi convocada por Sundhage para o Mundial.

A seleção, cuja melhor participação em Copas do Mundo foi o vice-campeonato em 2007, caiu na primeira fase na edição deste ano, algo que não acontecia desde 1995.

O Brasil ficou em terceiro no Grupo F, atrás de França e Jamaica, tendo vencido apenas o modesto Panamá.

Sundhage assumiu o comando da seleção em julho de 2019 com a missão de renovar uma equipe com domínio histórico na América do Sul, mas que perdeu terreno em relação às potências mundiais.

A eliminação precoce no Mundial de 2023 acelerou a saída da treinadora sueca, um dos primeiros ícones do futebol feminino e primeira estrangeira a dirigir a seleção feminina do Brasil, que tinha contrato até o final de agosto de 2024.