Um total de 872 pessoas, a bordo de 15 embarcações, cruzaram o canal no sábado, superando o recorde estabelecido em 10 de agosto, quando 756 pessoas fizeram a travessia perigosa.
Mais de 21.000 migrantes chegaram às costas do sul da Inglaterra desde o início do ano.
O número é menor que o registrado na mesma época em 2022, mas continua representando um problema político importante para o governo britânico.
Londres prometeu controles de fronteira mais rigorosos depois que o país abandonou a União Europeia. O primeiro-ministro, Rishi Sunak, estabeleceu como prioridade "frear os barcos" de migrantes sem documentos.
Apesar de ter endurecido a legislação, que proíbe que os migrantes que chegam sem documentos ao território britânico possam pedir asilo, o governo não consegue barrar o fenômeno, que ganhou força nos últimos anos e resultou em dezenas de mortes.
O governo pretende deportar os migrantes para seus países de origem ou para outras nações, como Ruanda, mas a justiça bloqueou a iniciativa.
Mais de 100.000 pessoas atravessaram o Canal da Mancha em embarcações precárias a partir da França desde 2018, quando o Reino Unido começou a contabilizar estas chegadas. No fim de junho, mais de 175.000 pessoas aguardavam uma definição sobre o pedido de asilo no Reino Unido.