Londres planeja classificar o Grupo Wagner como uma organização "proscrita" sob as leis antiterrorismo, assim como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, de acordo com o jornal Daily Mail.
"O Wagner é uma organização violenta e destrutiva que serviu como ferramenta militar da Rússia de Vladimir Putin no exterior", declarou Braverman, de acordo com o jornal. "Enquanto o regime de Putin decide o que fazer com o monstro que criou, as contínuas atividades desestabilizadoras do Wagner apenas servem aos objetivos políticos do Kremlin".
Sob a Lei Antiterrorismo, a secretária do Interior tem o poder de proibir uma organização se considerar que ela está envolvida em terrorismo.
"Eles são terroristas, simples assim, e esta ordem de proibição torna isso claro na lei do Reino Unido", acrescentou a BBC, citando a ministra.
As operações do grupo na Ucrânia, no Oriente Médio e na África "são uma ameaça à segurança mundial", afirmou.
O projeto de lei para proibir o grupo paramilitar será apresentado ao Parlamento na quarta-feira, de acordo com os relatos.
Em julho, o Reino Unido anunciou sanções contra 13 indivíduos e empresas que afirmou terem ligações com o grupo russo na África, acusando-o de crimes como assassinatos e tortura.
O fundador do Wagner, Yevgeny Prigozhin, que morreu em agosto em um acidente aéreo, também havia sido sancionado pelo Reino Unido, juntamente com vários de seus comandantes que participaram na guerra russa na Ucrânia.
Prigozhin morreu dois meses depois de ordenar que suas forças depusessem o comando militar russo.