O jornal britânico Daily Mail noticiou na sua edição de domingo que a família Glazer, acionista majoritária do clube, teria desistido de vender a sua participação por considerar que as ofertas apresentadas eram demasiado baixas.
Nesta terça-feira, o grupo caiu 18,22%, apagando assim pouco mais de 700 milhões de dólares de capitalização.
Foi a maior queda das ações em uma única sessão desde sua entrada na Bolsa em 2012.
Segundo a imprensa britânica, os dois potenciais compradores ainda na disputa, o fundador e CEO do grupo petroquímico Ineos, Jim Ratcliffe, e o xeque Jassin Bin Hamad al Thani, presidente do Banco Islâmico do Qatar (QIB), apresentaram ofertas semelhantes, que avaliam o clube em cerca de 5 bilhões de libras (cerca de R$ 31,2 bilhões).
Mas, de acordo com o Daily Mail, os Glazers esperavam cerca de 10 bilhões de libras (aproximadamente R$ 62,4 bilhões) para ceder o controle do clube, no qual possuem cerca de dois terços do capital, mas quase todos os direitos de voto.
O valor é significativamente superior à estimativa dada pela maioria dos outros meios de comunicação britânicos de cerca de 6 bilhões de libras (R$ 37,4 bilhões).
A capitalização de mercado do Manchester United é agora de 3,15 bilhões de dólares (R$ 4,9 bilhões), menos de metade do preço que os Glazers estão oferecendo (7,5 bilhões de dólares, R$ 37,2 bilhões).
Citando fontes anônimas próximas aos Glazers e possíveis compradores, o site especializado 90min indicou que prosseguem as negociações com vista a uma venda.
O clube foi gradualmente adquirido entre 2003 e 2005 pelo empresário americano Malcolm Glazer, cujas ações foram passadas aos seis filhos após sua morte em 2014.
Os herdeiros do empresário anunciaram em novembro de 2022 que cogitavam vender o três vezes campeão da Champions League.
Os Glazers são impopulares entre muitos torcedores do Manchester United, que os acusam de endividar o clube e de não investir o suficiente para mantê-lo competitivo.
Daily Mail
NOVA YORK