Trump, que planeja concorrer novamente à Casa Branca em 2024, já havia sido considerado responsável em maio por um júri de um tribunal civil em Nova York por "agressão sexual" em 1996 a esta ex-colunista da revista Elle, bem como difamá-la em comentários feitos em outubro de 2022.
No entanto, Carroll também havia processado Trump por declarações anteriores, relacionadas às suas primeiras acusações de estupro, que estavam em um livro.
Na época, o então presidente dos Estados Unidos afirmou, em junho de 2019, que a autora havia inventado essas acusações para "vender um novo livro". Este caso foi adiado devido a disputas legais, mas continuou avançando e um segundo julgamento por júri foi marcado para 15 de janeiro de 2024.
O juiz Lewis Kaplan, do Tribunal do Distrito Sul de Nova York, já decidiu nesta quarta-feira, com base na sentença de maio, que os comentários de Trump em 2019 também eram "difamatórios", "falsos" e "maliciosos".
Isso significa que a jurisdição do júri se limitará a decidir o valor da indenização que Trump terá que pagar a Carroll.
"Continuamos muito confiantes de que o veredicto de 'Carroll II' (dado em maio) será revertido em apelação, tornando a decisão (dada nesta quarta-feira) discutível", disse uma das advogadas de Trump, Alina Habba.
Em seu caminho rumo a um possível retorno à Casa Branca, Trump, de 77 anos, enfrenta vários revezes legais.
Em particular, ele foi acusado pelas autoridades federais de "conspiração contra o Estado" por tentar permanecer no poder apesar de sua derrota nas eleições presidenciais de 2020. Além disso, enfrenta processos judiciais na Geórgia por tentar anular o resultado da votação neste estado-chave.
Ele também está sendo processado pelo governo federal no caso dos Arquivos da Casa Branca, uma investigação sobre sua negligência no manuseio de documentos confidenciais.