A Argentina ordenou a paralisação da navegação de uma barcaça que transportava cerca de 30 milhões de litros de combustível da Shell até o pagamento de uma taxa, disse Luis Ortega, representante da multinacional, à rádio 730 AM.
O comboio ao qual a barcaça pertencia ficou retido no quilômetro 171 da hidrovia Paraguai-Paraná, detalhou.
Desde agosto, a Argentina exige o pagamento de uma taxa de US$ 1,47 por barcaça de outra bandeira que atravesse seu território.
"O ministro expressou o descontentamento do Paraguai com a situação e ratificou que a cobrança da taxa viola claramente acordos internacionais", enfatizou o relatório oficial.
A convocação do diplomata argentino ocorreu após uma denúncia que confirmou que embarcações que transportavam combustível foram retidas pela Prefeitura Naval Argentina.
"Essa determinação foi tomada ignorando até mesmo disposições judiciais que indicavam que o comboio não podia ser retido", informou o governo do presidente Santiago Peña.
O ministro Ramírez Lezcano pediu "as ações necessárias para reverter essa situação".
O Ministério das Relações Exteriores paraguaio informou que pedirá ao Brasil, que atualmente detém a presidência pro tempore do Comitê Intergovernamental da Hidrovia, que "antecipe urgentemente" uma reunião programada para discutir o impasse com a Argentina.
Na última reunião do Comitê, em 30 de agosto, na Bolívia, representantes do Brasil, Bolívia e Uruguai se juntaram à rejeição da taxa imposta no rio Paraná e solicitaram a suspensão de sua aplicação.
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