Os dois ataques atingiram "o barco Tombuctu" que navegava pelo rio Níger e a "posição do exército" em Bamba (norte), com "um balanço provisório de 49 civis e 15 soldados mortos", de acordo com um comunicado do governo deste país da instável região do Sahel.
A autoria do ataque à base militar foi reivindicada nesta quinta-feira pelo Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GSIM), afiliado à Al-Qaeda, segundo o Site, uma organização americana especializada em grupos jihadistas.
O governo malinês disse que o GSIM assumiu a responsabilidade pelos dois ataques.
A ação contra o barco de passageiros também causou "feridos e danos materiais", informou em comunicado o governo do Mali, um país africano governado por militares desde um golpe de Estado no verão de 2020.
O Exército malinês detalhou nas redes sociais que a embarcação foi atacada no trecho do rio Níger entre Tombuctu e Gao, no norte do país.
Os agressores atacaram o barco com "pelo menos três mísseis lançados contra o motor", explicou à AFP a Comanav, a empresa estatal de navegação malinesa à qual pertencia a embarcação.
O "Tombuctu", que pode transportar até 300 pessoas, foi atingido pelo impacto de pelo menos um dos mísseis, segundo a Comanav.
Este ataque ocorre poucas semanas depois de o GSIM anunciar um cerco à região e à cidade de Tombuctu, uma das maiores do Mali que já havia caído nas mãos de grupos salafistas em 2012.
O controle territorial é uma questão importante para os militares que assumiram o poder à força em 2020 no Mali e fizeram da soberania um dos seus lemas.
No entanto, vastas áreas do país escapam à autoridade estatal: grupos jihadistas continuam a expandir sua influência no território malinês e também nos vizinhos Níger e Burkina Faso.
BAMAKO