Milei, vencedor das primárias presidenciais de 13 de agosto com 29,8% dos votos, se referiu a Francisco em várias ocasiões como "o maligno na Terra que ocupa o trono da casa de Deus", o acusou de "promover o comunismo" e o chamou de "nefasto" e "imbecil".
"Um dos candidatos proferiu insultos irreproduzíveis e falsidades o Papa é para nós um profeta da dignidade humana em um tempo de violência e exclusão", disse Ojea, em entrevista difundida pela Conferência Episcopal Argentina (CEA), que é presidida por ele.
" também é um chefe de Estado ao qual se deve um respeito particular", acrescentou o titular dos bispos católicos argentinos sobre o pontífice.
Em 5 de setembro, sacerdotes de áreas carentes da Argentina celebraram uma missa comunitária em um bairro pobre de Buenos Aires em "desagravo" a Francisco "pelas ofensas" de Milei.
Com vistas à campanha presidencial para o pleito de 22 de outubro, Ojea considera que é "impossível construir um país sem diálogo e com insultos, gritos e desqualificações" e acrescentou que "o clima de violência nas manifestações dos candidatos não contribui para a paz social".