Ao assumir formalmente o cargo, em Brasília, Fufuca afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe deu a missão de fazer uma "revolução esportiva", entendida como uma forma de "democratizar o esporte".
"Não podemos falar de uma revolução esportiva no momento em que temos um esporte de qualidade quase zero no país. Nós temos muito a avançar, muito a crescer", disse a repórteres no Palácio do Planalto após a cerimônia de posse, que contou com a presença de Lula.
Fufuca, de 34 anos, foi nomeado pelo presidente no dia 6 de setembro para substituir a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, em uma medida política que tem como objetivo avançar com as pautas do governo no Congresso.
Líder do Partido Progressista (PP) na Câmara dos Deputados, o novo ministro não entrou em detalhes sobre suas críticas à qualidade do esporte brasileiro, embora tenha chamado a atenção para a "disparidade entre o tratamento do esportista masculino e da esportista feminina".
Embora os atletas reclamem frequentemente da falta de recursos, o Brasil obteve recordes de medalhas nos Jogos Pan-americanos Lima-2019 (171 no total, sendo 55 de ouro) e nas Olimpíadas de Tóquio-2020 (21 medalhas, incluindo sete de ouro).
Lula questionou diversas vezes o talento da atual geração de jogadores do futebol brasileiro, que não conquista o título mundial desde 2002.
"Hoje não temos a qualidade de jogadores que tínhamos em outros tempos", disse o presidente em julho.
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