"Juntamente com os chefes de Estado de Burkina Faso e do Níger, assinei hoje a Carta Liptako-Gourma, que estabelece a Aliança de Estados do Sahel (AES), cujo objetivo é criar uma arquitetura de defesa coletiva e assistência mútua em benefício das nossas populações", publicou o líder da junta governante do Mali, Assimi Goita, no X, antigo Twitter.
A região de Liptako-Gourma, onde se encontram as fronteiras do Mali, de Burkina Faso e do Níger, foi devastada pelo jihadismo nos últimos anos. Os três países lutam contra a insurgência jihadista que explodiu no norte do Mali em 2012 e se espalhou para o Níger e Burkina Faso em 2015.
Os três países também sofreram golpes de Estado desde 2020, o mais recente no Níger, onde militares derrubaram em julho o presidente Mohamed Bazoum.
"Essa aliança será uma combinação de esforços militares e econômicos entre os três países", disse o ministro da Defesa do Mali, Abdoulaye Diop. "Nossa prioridade é a luta contra o terrorismo nos três países."
Além do combate aos jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico, as hostilidades por parte de grupos armados predominantemente tuaregues foram retomadas na semana passada no Mali.
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