Pessoas de todas as idades caminharam por 2 km e terminaram em frente à sede das Nações Unidas. "Estamos aqui para exigir que o governo declare a emergência climática", pediu Analilia Mejía, codiretora do Centro para a Democracia Popular, uma das cerca de 700 organizações que participam da iniciativa para eliminar esse tipo de combustível, altamente poluente e principal causa do aquecimento global.
Um relatório da ONU sobre o clima divulgado na última sexta-feira aponta que a humanidade deve atingir o pico das suas emissões de CO2 em 2025 se quiser enfrentar a crise climática.
"O problema é tão grave que precisamos acordar e tomar medidas imediatas", advertiu Analilia, 46. Outra jovem líder das mudanças climáticas, Nalleli Cobo, 22, ressaltou o poder dos indivíduos "de exigir que se garanta um futuro habitável não apenas para a geração atual, mas também para as futuras".
Nalleli disse que convidaria os líderes a "passar 24 horas" em sua casa, no sul da Califórnia, perto de um poço de petróleo e gás. "Garanto que eles verão o petróleo de outra forma", afirmou à AFP a jovem, que teve câncer de ovário aos 19 anos e atribui a doença ao "ar tóxico" que respirou. "Nossas vidas estão em jogo."
O secretário-geral da ONU, António Guterres, convocou para o próximo dia 20, durante a Assembleia Geral, a Reunião de Cúpula de Ambição Climática, com a qual espera acelerar as ações de governos, empresas, autoridades locais e sociedade civil para reduzir esse problema.
"A História lembrará a sua ação ou falta de ação. Se tivermos sorte, os seres humanos estarão por aqui para lembrar o que fizeram nessa reunião de cúpula", declarou Analilia Mejía.