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Estado de Minas MUNDO DA MODA

As supermodelos dos anos 1990, as primeiras 'superinfluencers'

Com mais de 50 anos, elas "se encontram em um momento mais reflexivo de suas vidas, com relação mais aberta e honesta com o passado", diz diretora de série


18/09/2023 11:01 - atualizado 18/09/2023 12:36
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Christy, Naomi, Cindy, Linda, as supermodels
Christy, Naomi, Cindy, Linda, as supermodels (foto: 1)ANGELA WEISS/AFP 2)ANGELA WEISS/AFP 3)JULIEN DE ROSA/AFP 4)KENA BETANCUR/AFP)
Naomi, Christy, Linda e Cindy: quatro nomes que brilharam nas passarelas dos anos 1990 e que mudaram a história da moda... e das mentalidades, como mostra a série "As Supermodelos" da Apple TV.

"Nunca tivemos realmente acesso às suas histórias, pessoais e coletivas, de seu ponto de vista", disse à AFP Larissa Bills, codiretora desta série que estreia na quarta-feira (20).

Hoje, todas elas estão com mais de 50 e "se encontram em um momento mais reflexivo de suas vidas, com uma relação mais aberta e honesta com seu passado", continua.

É a história delas, mas também a de uma indústria, a da moda, em constante transformação.

A britânica Naomi Campbell, de 53 anos; a americana Cindy Crawford, de 57; a canadense Linda Evangelista, de 58 anos; e a também americana Christy Turlington, de 54 anos, são os principais nomes, aos quais podemos acrescentar a alemã Claudia Schiffer, de 53, e a dinamarquesa Helena Christensen, de 54: nomes e rostos que sobreviveram aos anos e ultrapassaram fronteiras.

Sonhos e oportunidades 

Elas desfilaram para os principais estilistas, foram imortalizadas pelos maiores fotógrafos e encarnaram os rostos das grandes marcas de beleza.

Destaca-se na minissérie o videoclipe da música "Freedom", de George Michael, que as transformou, definitivamente, nas "Supermodelos". Admiradas, glorificadas e (muito) bem remuneradas, elas foram as primeiras "influenciadoras", afirma a estilista Donatella Versace na série.


"Os anos 1990 foram, de certa forma, um período único, em que tudo convergiu: música, arte, moda", explica Larissa Bills.

Todas elas têm uma coisa em comum: origens modestas. Para Linda Evangelista, ser modelo era um sonho. Para as outras três, uma oportunidade.
O mais interessante não está aí, mas como olham para este setor, com frequência marcado por escândalos: dependências, magreza, assédio sexual, cirurgia estética... Diante da câmara, fazem confissões, entre risos e lágrimas.

Arrependimentos e menopausa

Naomi não contém as lágrimas, ao falar do estilista franco-tunisiano Azzedine Alaïa, falecido em 2017, que foi seu protetor e a quem ela chama de "pai". A ex-modelo teve seu segundo filho em junho deste ano.

Linda Evangelista também chora, quando fala do ex-marido Gérald Marie, acusado por outras mulheres de estupro e de agressão sexual, antes de ver a denúncia encerrada por prescrição médica no início de 2023. Evangelista também evoca seu câncer de mama e a cirurgia estética (revelada em 2022) que a "desfigurou".
  • Leia: Christy 
Com o apoio de fotografias de arquivo, a série também dá voz a estilistas, como John Galliano, Marc Jacobs e Donatella Versace. E recorda a amizade do grupo, que levou Linda Evangelista e Christy Turlington a se recusarem a desfilar sem Naomi Campbell, a primeira mulher negra a posar para a capa da Vogue francesa.

As supermodelos também levantam parte do véu sobre sua privacidade e sobre seus erros. Linda Evangelista, por exemplo, lamenta sua célebre frase: "Não me levanto por menos de US$ 10 mil por dia (R$ 48,5 mil na cotação atual)".
A série também conta a história da chegada de novas estrelas às passarelas, como Kate Moss, depois as irmãs Hadid e, mais recentemente, Kaia Gerber... a filha de Cindy Crawford.

Os anos passam, mas as Supermodelos continuam aí.

No início de setembro, elas apareceram orgulhosas na capa das edições americana e britânica da revista Vogue. Uma foto muito comentada... porque seus rostos aparecem "rejuvenescidos".

De qualquer forma, Larissa Bills enfatiza: "Acho que é hora de felicitá-las. Tornar-se o rosto de uma marca aos 16 anos, em um setor que não é nada regulamentado, e ter a carreira que tiveram: é de tirar o chapéu".


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