Ivan Soltanovsky, um diplomata de longa data, apresentou sua acreditação formal ao sumo pontífice, de acordo com um comunicado do Vaticano.
"Eles discutiram, em particular, a missão do enviado especial papal à Ucrânia, cardeal Matteo Zuppi, destinada a resolver uma série de problemas humanitários", disse Soltanovsky à agência oficial de notícias russa Tass.
"Concordaram em continuar um diálogo honesto e aberto com a Santa Sé, tradicionalmente construído com base no respeito mútuo", acrescentou o diplomata.
No início deste ano, o papa nomeou Zuppi, chefe da Conferência Episcopal italiana, para liderar uma missão de paz para tentar pôr fim ao conflito.
Zuppi visitou Kiev, Moscou, Pequim e Washington, D.C.. Na capital americana, reuniu-se com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Na semana passada, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, deu a entender que o cardeal retornará a Moscou.
"Os esforços com o Vaticano, cujo enviado voltará, continuam (...) Estamos prontos para nos reunirmos com todos, estamos prontos para falar com todos", disse Lavrov, conforme a agência Tass.
O papa Francisco lançou reiterados apelos pela paz na Ucrânia, embora nos primeiros meses após a invasão russa, deflagrada em fevereiro de 2022, tenha sido criticado por não classificar Moscou como agressor.
No dia seguinte à invasão, fez uma visita pessoal à embaixada russa na Santa Sé para "expressar sua preocupação com a guerra", declarou o Vaticano à época.