Segundo a Secom, o encontro vai ocorrer depois da reunião bilateral de Lula com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à margem da Assembleia Geral da ONU.
Este será o primeiro encontro bilateral entre os dois chefes de Estado desde o início do terceiro mandato de Lula, em janeiro.
As relações entre ambos têm sido tensas após Lula afirmar, durante uma entrevista, que seu colega ucraniano era tão responsável pela guerra em seu país quanto o presidente russo, Vladimir Putin.
Lula e Zelensky estiveram perto de marcar um encontro bilateral em maio, durante a cúpula do G7 no Japão, mas ambas as equipes alegaram problemas de agenda.
Zelensky disse então, ironicamente, que o desencontro podia ter "decepcionado" Lula, que comentou ter ficado "chateado" por não ter se reunido com o colega ucraniano.
"Zelensky é maior de idade, sabe o que faz", disse Lula naquela ocasião.
O Brasil tem buscado se posicionar como mediador na guerra na Ucrânia, sem tomar partido a favor de Kiev ou apoiar a invasão russa.
"Os dois estão naquela fase do 'eu vou ganhar' Enquanto isso, as pessoas estão morrendo", disse o presidente em agosto.
Lula tem sido acusado pelos países do Ocidente de ser leniente com a Rússia.
Em abril, durante um giro pela China, ele disse que os Estados Unidos deviam parar "de incentivar a guerra" e que o país e a Europa precisavam começar "a falar em paz".
Após ser acusado pela Casa Branca de "papaguear propaganda russa e chinesa" sobre a guerra na Ucrânia, Lula baixou o tom e condenou a "violação da integridade territorial" do país.
O presidente brasileiro também sugeriu que a Ucrânia cedesse a Crimeia para a Rússia para facilitar o fim da guerra, afirmando que Zelensky "não pode querer tudo".
Espera-se que mais de 140 chefes de Estado participem esta semana da Assembleia Geral da ONU, em meio à enorme divisão geopolítica alimentada pelo conflito na Ucrânia.
SECOM