"As duas maiores democracias do hemisfério ocidental estão defendendo os direitos humanos ao redor do mundo", disse Biden, durante o encontro bilateral com Lula às margens da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
"Isso inclui os direitos dos trabalhadores e estou honrado por lançarmos uma nova parceria pelos direitos dos trabalhadores", acrescentou o americano.
A Parceria Brasil-Estados Unidos pelos Direitos dos Trabalhadores defende o fim do trabalho forçado e infantil, bem como à discriminação contra as mulheres e pessoas LGBTQIA+, além de lidar com os efeitos sobre os trabalhadores da transição das economias para as energias limpas, informaram fontes oficiais americanas.
Lula disse que o Brasil e os Estados Unidos são "amigos com um objetivo comum: desenvolvimento e melhoria de vida do povo".
"A pobreza e a desigualdade não interessam a ninguém", disse Lula.
As relações entre o Brasil e os Estados Unidos se reaqueceram desde a volta do presidente Lula ao poder, que derrotou Jair Bolsonaro nas eleições de outubro passado.
Biden já tinha recebido o colega brasileiro na Casa Branca, em fevereiro deste ano.
Durante o encontro, os dois presidentes se apresentaram como defensores da democracia - no caso de Biden após a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021 por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, e Lula depois que uma multidão leal a Bolsonaro invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro passado, em Brasília.
O pacto pelos trabalhadores também é politicamente significativo para Biden, que tentará a reeleição pelo Partido Democrata no ano que vem, quando provavelmente vai voltar a enfrentar o republicano Donald Trump.
Biden, que disse chefiar a "administração mais pró-sindical da história americana", enfrenta uma greve sem precedentes nas "Três Grandes" empresas automotivas dos Estados Unidos, que ameaça prejudicar a economia do país.
Vestindo uma gravata vermelha, que funcionários da Casa Branca disseram ser um gesto de apoio aos sindicatos de trabalhadores da indústria automotiva, Biden disse que "sejam os trabalhadores da indústria automotiva ou qualquer outro trabalhador, os lucros recorde das corporações deveriam significar contratos recorde para os trabalhadores".
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