Falando na sede das Nações Unidas, Lavrov acusou o Ocidente de estar "mexendo os pauzinhos" para minar a influência russa, mas acrescentou que "infelizmente, a liderança da Armênia de vez em quando joga mais lenha na fogueira".
Forças de paz russas foram enviadas após uma guerra anterior, em 2020, para monitorar o cessar-fogo em torno de Nagorno-Karabakh, governado por separatistas armênios durante décadas.
Não obstante, na terça-feira o Azerbaijão se apoderou rapidamente do território montanhoso, apesar dos apelos do primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, ao Kremlin para que o impedisse.
Lavrov respondeu a um alto dirigente político armênio que acusou o presidente russo Vladimir Putin de entregar Nagorno-Karabakh ao Azerbaijão após os combates de 2020.
"Esta acusação é ridícula", afirmou. "Estamos convencidos de que o povo armênio se recorda de sua história", acrescentou.
O chefe da diplomacia russa expressou sua confiança de que os armênios seguirão vinculados à "Rússia e a outros Estados amigos da região ao invés daqueles que os convocam do estrangeiro".
Uma declaração firmada em 1991 em Almaty, a maior cidade do Cazaquistão, então conhecida como Alma-Ata, estabelecia que as fronteiras dos países recém-independentes que haviam sido repúblicas soviéticas eram invioláveis.
Essa declaração "significava que Nagorno-Karabakh era parte do Azerbaijão, simples assim", disse Lavrov.
Pouco depois, um porta-voz do Departamento de Estado americano assinalou que o responsável da pasta, Antony Blinken, expressou neste sábado à Armenia a "profunda preocupação" de seu país com os armênios de Nagorno-Karabakh.
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