"O governo aprovou hoje o decreto que dá início ao processo de privatização da TAP", anunciou o ministro das Finanças, Fernando Medina, após a reunião semanal de gabinete, "desejando ceder ao menos 51% do capital da empresa e reservando até 5% aos assalariados".
O governo tem a intenção de aprovar, "no mais tardar no início do próximo ano", o termo de condições, informou Medina, sem revelar a quantia que o Estado poderá receber nesta operação.
Por enquanto, o Executivo definiu vários "objetivos estratégicos", como o crescimento da TAP e da plataforma de conexões aéreas em Portugal.
"O projeto de venda de uma participação na empresa portuguesa TAP é interessante para nós", informou a gigante alemã da aviação, Lufthansa, em uma declaração transmitida à AFP, destacando que as duas companhias "se complementariam muito bem, sobretudo graças à rede de rotas da TAP com destino e procedência na América do Sul".
A Tap Air Portugal, cujas dificuldades aumentaram durante a pandemia de covid-19, foi completamente renacionalizada emergencialmente em 2020, beneficiando-se de uma injeção de recursos públicos de 3,37 bilhões de dólares (cerca de R$ 17,5 bilhões, na cotação da época), acompanhada de um plano de reestruturação negociado com a Comissão Europeia.
A empresa obteve no primeiro semestre de 2023 lucro de 24,1 milhões de dólares (cerca de R$ 116 milhões), frente a um resultado negativo de 213 milhões de dólares (R$ 1,11 bilhão) um ano antes.
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