Entre os manifestantes estavam ativistas de movimentos feministas e líderes sindicais. "Nós nos unimos para defender os direitos das mulheres porque tememos sejam todos derrubados após as eleições", disse a psicóloga Martha Gazzano, de 47 anos, que estava acompanhada da filha, 15.
"Milei propõe muitas coisas que vão contra o direito ao aborto, contra a educação sobre a violência de gênero", apontou a manifestante, que criticou a visão de Milei "sobre as mulheres, os direitos trabalhistas e a diversidade".
A interrupção voluntária da gestação até a 14ª semana foi legalizada na Argentina em 2021. "Foi uma luta de muitas pessoas, de muitos anos. Foi uma festa quando foi aprovada, e agora corre perigo", lembrou Martha.
Milei, que lidera as pesquisas de opinião, propôs de fato revogar essa lei e extinguir o Ministério da Mulher.
A passeata foi da Praça de Maio até o Congresso argentino. Manifestações em defesa do aborto também acontecem em outros países da região, como Colômbia, Chile, Equador e El Salvador. Na Venezuela, uma centena de pessoas manifestaram-se mais cedo.