Segundo o advogado de Bielsa, Benjamin Cabagno, o treinador pedia 19 milhões de euros (R$ 101,4 milhões) na ação, informação que foi confirmada por Bertrand Wambeke, conselheiro do clube francês.
Ambas as partes já receberam a notificação da decisão. "Do ponto de vista do tribunal, nós ganhamos" comentou Wambeke, "porque o tribunal de apelação confirmou a falta grave", apontada pelo Lille para justificar a demissão.
Na primeira instância, em julho de 2021, o tribunal do trabalho rejeitou todas as reivindicações de Bielsa.
Contratado após a compra do clube pelo empresário Gerardo Lopez no início de 2017, o técnico argentino tinha como objetivo "mudar a dimensão" da equipe, mas foi demitido após 13 jogos, com o time na vice-lanterna do Campeonato Francês.
O tribunal de apelação considerou que o pré-contrato assinado entre Lille e Bielsa em 14 de fevereiro de 2017 e o enviado para a homologação da Liga de Futebol Profissional (LFP) em 1º de julho eram "ambos válidos", explicou Wambeke à AFP.
Esse pré-contrato, ao contrário do que foi assinado posteriormente, incluía uma cláusula denominada "paraquedas", que estipulava que, "se o clube decidir, por qualquer motivo, demitir o técnico de suas funções", teria que "compensá-lo mediante o pagamento de todas as quantias indicadas".
O tribunal de apelação reduziu o montante previsto, avaliando os prejuízos sofridos por Bielsa em 2 milhões de euros, uma soma "decepcionante" para Cabagno.
Marcelo Bielsa, um dos treinadores mais prestigiados do mundo, também é conhecido pelo seu perfil explosivo. Atualmente, ele dirige a seleção do Uruguai.
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