Em 30 de agosto, as forças armadas impediram uma manifestação de uma seita religiosa na cidade de Goma contra a presença das tropas de paz da ONU. Na repressão, pelo menos 57 pessoas morreram, segundo o último balanço oficial.
O MP pediu prisão perpétua no tribunal militar da região do Kivu do Norte para o coronel Mike Mikombe, comandante da Guarda Republicana em Goma, dez anos de prisão para dois acusados e 20 para os outros três.
O promotor, coronel Michel Kachil, acusou de prática de "crimes de guerra e crimes contra a humanidade" o comandante Mikombe, que negou as acusações.
O ataque provocou um aumento da tensão em Goma, capital desta província abalada pela violência.
O governo anunciou rapidamente a prisão de vários soldados depois da tragédia e prometeu fazer justiça.
Os grupos armados causam estragos no leste da República Democrática do Congo há três décadas, uma herança das guerras regionais que eclodiram nos anos 1990 e 2000.
A missão de manutenção da paz da ONU na região é uma das maiores e mais caras do mundo, com orçamento anual de cerca de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5 bilhões, na cotação atual), mas as Nações Unidas também sofrem duras críticas por sua ineficácia.
GOMA