A boate em Múrcia, na qual um incêndio matou 13 pessoas no domingo, tinha ordem de fechamento há um ano, informaram nesta segunda-feira (2) as autoridades da cidade do sudeste da Espanha.
Em janeiro de 2022 foi determinada a interrupção das atividades e em outubro foi emitida "uma ordem de execução de fechamento" do local, informou Antonio Navarro, secretário de Planejamento de Múrcia.
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Incêndio em quartel da polícia no Egito deixa 45 feridosIncêndio em casamento deixa ao menos 100 mortosIncêndio em mina de carvão na China deixa 16 mortosAs autoridades foram questionadas sobre o motivo pelo qual o local não havia sido fechado, já que a boate era muito conhecida na cidade e divulga suas atividades nas redes sociais.
"Estamos falando de uma tragédia sem precedentes e insisto que vamos agir com contundência para apurar todas as responsabilidades sobre o ocorrido até as últimas consequências, custe o que custar", disse Navarro.
As autoridades começaram a investigar as circunstâncias que provocaram o grande incêndio na boate Fonda Milagros às 6H00 de domingo e que provocou 13 mortes.
Entre as vítimas estavam pessoas de nacionalidade colombiana, nicaraguense, equatoriana e espanhola. Cinco pessoas que eram consideradas desaparecidas foram localizadas, informou o presidente regional de Múrcia, Fernando López Miras.
O incêndio, que também atingiu duas boates anexas, Teatre e Golden, teria começado no segundo andar do edifício, segundo López Miras.
A investigação começou com atraso nesta segunda-feira devido às temperaturas elevadas dos escombros e ao risco de desabamento da boate.
Uma jovem que frequentava a boate declarou ao jornal El País que a área reservada no segundo andar da Fonda Milagros, provável epicentro do incêndio onde acontecia uma festa de aniversário, era como "um labirinto". Ela disse que só era possível entrar ou sair da área por uma única escada.
Três dos 13 mortos foram identificados por suas impressões digitais e os demais precisarão de exames de DNA para completar o processo, segundo as autoridades.
O governo regional de Múrcia decretou três dias de luto e a prefeitura convocou um minuto de silêncio para 12H00 (7H00 de Brasília).
"Estamos comovidos e muito confortados com as demonstrações de carinho que recebemos de todo o mundo", disse o prefeito de Múrcia, José Ballesta.
No domingo, o rei Felipe VI expressou "dor e consternação" com a tragédia em Múrcia.