"Existe um mercado sendo criado para desenvolver a reciclagem industrial de resíduos têxteis", disse à AFP o diretor-geral desta empresa, Emmanuel Ladent.
"Não podemos mais permitir que aterros sanitários à céu aberto acumulem roupas usadas procedentes de países industrializados, como o deserto do Atacama, na América do Sul", acrescentou o dirigente, na apresentação em Clermont-Ferrand, na região central da França.
A start-up investiu cerca de 1 milhão de euros (R$ 5,2 milhões, na cotação atual) para desenhar, desenvolver e patentear esta máquina de demonstração única, que servirá para validar o processo de reciclagem têxtil, "antes de passar para escala industrial no início de 2025", segundo Ladent.
"Introduzimos camisetas, jaquetas de esqui e outras roupas esportivas usadas, que a máquina tritura, retira botões ou zíperes de resíduos têxteis e produz peças de um a dois cm², prontas para serem recicladas com nosso processo enzimático para remanufaturar novas fibras têxteis", explicou.
A Carbios também recebeu o apoio de marcas esportivas como Salomon, On Running e Puma, que buscam criar um processo circular para reutilizar as fibras recicladas.
De acordo com a Comissão Europeia, a União Europeia quer estabelecer "um mínimo de fibras recicladas na composição têxtil" até 2030.
CARBIOS
COMPAGNIE GENERALE DES ETABLISSEMENTS MICHELIN SCA
Puma
CLERMONT-FERRAND