Os advogados dos condenados anunciaram que vão recorrer da decisão. Outros dois acusados foram absolvidos.
A pena de morte é ditada com frequência no país africano, mas costuma ser comutada para prisão perpétua e não é aplicada há 20 anos.
Nos argumentos finais da última sexta-feira, um promotor público pediu a prisão perpétua para o principal acusado, coronel Mike Mikombe, mas o tribunal o condenou à morte sob acusações de assassinato. O promotor também pediu penas de 10 a 20 anos de prisão para os outros cinco acusados.
Os seis militares eram julgados desde 5 de setembro pela repressão sangrenta a uma seita religiosa que havia convocado protestos contra a presença da ONU na região leste do país. A repressão deixou 57 mortos, segundo o último balanço, e renovou a tensão em Goma, capital da província de Kivu do Norte, área assolada pela violência de grupos armados.
Mais de 140 civis, incluindo cerca de 30 menores, foram detidos durante a operação militar de 30 de agosto, após a qual o governo anunciou a prisão de vários soldados e prometeu fazer justiça.
O julgamento, no entanto, não elucidou as circunstâncias das mortes. Permanece a dúvida se Mikombe deu a ordem para atirar, e se estava cumprindo ordens ou agindo por conta própria.
GOMA