O acusado, Milan Radoicic, foi colocado em prisão preventiva por 48 horas e entregue à Promotoria de Belgrado, informou a pasta em comunicado.
As autoridades sérvias disseram que a polícia revistou seu apartamento e outras propriedades, mas não especificaram onde ele foi preso.
Suspeito de "associação criminosa" com o objetivo de cometer "crimes graves contra a segurança pública", Radoicic "negou as acusações", indicou a Promotoria nesta tarde, que pediu a um juiz de instrução que o mantivesse preso por "risco de fuga".
O órgão judicial disse que Radoicic era suspeito de ter conseguido "armas, munições e artefatos explosivos" vindos da Bósnia entre janeiro e setembro, e de tê-los transportado e armazenado no Kosovo, até o dia do ataque, em 24 de setembro.
Nesse dia, um policial morreu em uma emboscada no norte do Kosovo em uma zona fronteiriça habitada majoritariamente por sérvios. Depois, os agressores refugiaram-se em um mosteiro e houve confronto com as forças de segurança.
Três membros do grupo morreram, todos sérvios do Kosovo; três foram presos e outros conseguiram fugir.
O incidente alimentou as tensões entre Kosovo e Sérvia, que se recusa a reconhecer a independência proclamada em 2008 por esta antiga província.
Radoicic é empresário e representante da população sérvia no Kosovo. Ele já foi interrogado pela polícia sérvia no sábado.
Radoicic afirmou, por meio de seu advogado, que organizou essa milícia sem informar Belgrado e que seu objetivo era "criar as condições para realizar o sonho de liberdade do povo no norte do Kosovo".