Em Sikkim "foram encontrados 26 corpos", disse Anilraj Rai, funcionário deste estado, à AFP.
Em Bengala Ocidental, um estado vizinho, as equipes de resgate recuperaram trinta corpos na bacia do rio Tista, disse o comissário de polícia do distrito de Jalpaiguri, K. Umesh Ganpat.
O número anterior, anunciado na sexta-feira, era de 40 mortes.
O lago Lhonak, localizado na base de uma geleira perto de Kangchenjunga, a terceira montanha mais alta do mundo, transbordou na quarta-feira, devastando um vale.
Entre os mortos estão sete soldados do Exército indiano mobilizados em Sikkim, perto das fronteiras com o Nepal e a China, e onde existe uma presença militar significativa. Estima-se que existam mais de 100 desaparecidos.
O Ministério da Defesa indiano afirmou em comunicado que as inundações levaram "armas de fogo e explosivos" dos campos militares.
De acordo com a mídia local, duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas quando um morteiro explodiu em Bengala Ocidental.
A água destruiu edifícios, pontes e linhas telefônicas, complicando a evacuação e a comunicação com milhares de pessoas isoladas do resto do país.
Mais de 2.400 pessoas foram resgatadas e outras 7.000 tiveram que se refugiar em campos improvisados, disseram as autoridades de Sikkim.
Entre 2011 e 2020, as geleiras do Himalaia derreteram 65% mais rápido do que na década anterior, de acordo com um relatório publicado em Junho pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas (ICIMOD).
A temperatura média na superfície da Terra aumentou quase 1,2 ºC em comparação com os tempos pré-industriais, mas as regiões montanhosas estão aquecendo a uma taxa dez vezes maior, segundo climatologistas.