Jornal Estado de Minas

GUERRA

Em Israel, atleta de tênis paralímpico tenta voltar ao Brasil: "Assustador"

O mineiro de Santa Luzia Daniel Rodrigues, atleta paraolímpico de tênis em cadeira de rodas, está desde sexta-feira, no aeroporto em Israel, tentando voltar para o Brasil. Com os ataques terroristas do Hamas ao país, voos foram cancelados.



O tenista foi para Israel para disputar um torneio internacional, que vale pontuação para as olimpíadas paraolímpicas em Paris em 2024.

Daniel conversou com o Estado de Minas sobre os tensos momentos vividos em Israel.

O que você foi fazer em Israel?

Estou em Israel para disputar um torneio internacional, que vale pontuação para disputar as olimpíadas paraolímpicas de Paris em 2024. Mas devido ao ataque o torneio foi cancelado.

Onde você estava na hora do ataque?

Na hora dos ataques estava chegando a Israel. Não tinha nenhuma informação sobre o que estava acontecendo. Só quando eu cheguei no hotel e já estava tomando café, escutei um barulho enorme, parecendo uma bomba.



Mas no momento não passou pela minha cabeça que seria um ataque. Só depois que o organizador do torneio enviou uma mensagem, dizendo que estava cancelando o torneio por motivo de um ataque. Só assim, tomei conta que estava ocorrendo um bombardeio aqui em Israel. Nossa equipe saiu às pressas para trocar o voo para casa.

A confederação brasileira de tênis emitiu uma nova passagem para gente, porém, ela foi cancelada, já que as companhias cancelaram todos os voos.

A gente está no Aeroporto desde sexta. Aqui é um lugar mais seguro e estamos tentando um voo para voltar para casa. Tenho uma passagem, agora, para um voo à noite, que está previsto para Tailândia.

Chegando na Tailândia, a confederação de tênis vai comprar um novo bilhete para o Brasil. Mas por enquanto está tudo muito tenso, ontem foi muito assustador, teve um corre-corre, nos mandaram para um abrigo que tem aqui no aeroporto, devido a um míssil lançado em direção ao aeroporto, mas ele foi interceptado pelos militares. Foi um momento muito assustador, mas tenho fé que a gente consiga ir embarcar para Tailândia e depois voltar para casa.