Pelo menos três brasileiros estão desaparecidos e um foi hospitalizado após o início da ofensiva, de acordo com o governo federal.
"Estamos com seis aeronaves prontas", algumas com capacidade para até 230 passageiros, disse o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, a jornalistas em Brasília.
O objetivo da missão é "trazer todos os brasileiros que estão na região, que desejarem" sair, acrescentou o chefe da força, após uma reunião com representantes do Ministério das Relações Exteriores, da Defesa e da Presidência.
"Os voos da Força Aérea Brasileira destinam-se, prioritariamente, a repatriar brasileiros residentes no Brasil", informou em um comunicado o Ministério das Relações Exteriores, que publicou um formulário para os interessados no página online da embaixada do Brasil em Tel Aviv.
Vários brasileiros deixam a região em voos comerciais, informou Damasceno, e os primeiros voos do governo podem se concretizar entre segunda (9) e terça-feira (10).
O Palácio do Itamaraty estima 14.000 brasileiros que residem em Israel e 6.000 nos territórios palestinos, "a grande maioria dos quais fora da área afetada pelos ataques".
O Itamaraty informou ainda que na região há "três brasileiros desaparecidos" e um "hospitalizado".
As quatro pessoas, brasileiros-israelenses, participavam de um festival de música no "distrito sul de Israel, a menos de 20 km da Faixa de Gaza", segundo uma mensagem enviada no domingo à AFP.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está se recuperando de uma cirurgia de quadril realizada há dez dias, condenou os "ataques terroristas realizados contra civis em Israel" em suas redes sociais no sábado.
A quantidade de mortos já chega a cerca de mil desde o início da ofensiva surpresa do grupo islâmico Hamas contra Israel no sábado.
O governo israelense relatou neste domingo mais de 600 mortes e mais de 100 pessoas "presas" pelo movimento palestino.
As autoridades no enclave palestino, por outro lado, relataram pelo menos 370 pessoas mortas na Faixa de Gaza em dois dias de bombardeios israelenses ordenados após a ofensiva do Hamas.
O Conselho de Segurança da ONU realizará neste domingo uma reunião de emergência sobre a situação no Oriente Médio.
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