Uma academia de forças curdas foi um dos alvos atacados durante a noite, afirmaram as autoridades em comunicado, acrescentando que "29 membros das forças antinarcóticos morreram e outros 28 ficaram feridos", alguns em estado grave.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou, por sua vez, que 30 membros das forças de segurança interna, conhecidas como Asayish, morreram e que outros 37 ficaram feridos no ataque "de um avião de guerra turco contra um centro de treinamento" nos arredores de Al Malikiyeh, na província de Hasaké.
O OSDH havia relatado anteriormente um número de 20 mortos.
Os hospitais e as mesquitas fizeram um apelo à doação de sangue, segundo correspondentes da AFP.
No meio do caos do prolongado conflito civil da Síria, os curdos sírios criaram uma zona semiautônoma no nordeste do país.
Desde quinta-feira, a Turquia bombardeia alvos civis e militares na área, ataques que deixaram pelo menos 15 mortos, oito deles civis, segundo as autoridades curdas.
O Ministério turco da Defesa anunciou na sexta-feira ter lançado uma nova onda de ataques aéreos em retaliação a um ataque em Ancara no início deste mês, no qual dois seguranças ficaram feridos.
Um ramo do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), incluído na lista de grupos terroristas de Ancara e de seus aliados ocidentais, assumiu a responsabilidade pelo primeiro ataque cometido em Ancara, capital turca, desde 2016.
Entre 2016 e 2019, a Turquia, que tem soldados destacados no norte da Síria, realizou três grandes operações contra a região controlada pelos curdos.
QAMISHLI