Segundo o porta-voz do Exército israelense, Jonathan Conricus, há brasileiros entre as pessoas que estão reféns do grupo extremista Hamas. A declaração foi dada nesta quarta-feira (11/10).
Também foram sequestrados cidadãos de outros países, como Argentina, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Ucrânia.
Além disso, de acordo com o militar, muitas dessas vítimas têm dupla nacionalidade. Até o momento, o Itamaraty não se pronunciou sobre a informação divulgada pelo porta-voz israelense. O número de reféns não foi especificado pelas autoridades de Israel.
Também nesta quarta-feira (11/10), o papa Francisco pediu a libertação dos reféns do Hamas. "Peço que os reféns sejam libertados imediatamente. Aqueles que foram atacados têm o direito de se defender, mas estou muito preocupado com o cerco total em que vivem os palestinos de Gaza, onde também há muitas vítimas inocentes. O terrorismo e os extremismos não contribuem para alcançar uma solução para o conflito entre israelenses e palestinos, e sim alimentam o ódio, a violência e a vingança, e fazem ambos sofrerem", ressaltou o pontífice.
O conflito
Israel está em guerra com o grupo extremista Hamas desde sábado (7/10), quando o país foi atacado de surpresa. Mais de 2 mil pessoas já morreram no conflito, boa parte delas, crianças, algumas decapitadas.
Na madrugada desta quarta-feira (11/10), 211 brasileiros repatriados de Israel chegaram em Brasília. O Brasil é o primeiro país a retirar seus cidadãos de Israel em meio à guerra. Duas mortes de brasileiros já foram confirmadas: de Bruna Veleanu, que estudava comunicação social em Israel, e de Ranani Glazer, que sonhava ser um DJ famoso. Uma terceira brasileira está desaparecida.
Pelo menos 2.500 brasileiros ainda estão em Israel e 50 na Faixa de Gaza, informou a embaixadora Maria Laura da Rocha, ministra-substituta de Relações Exteriores.